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Da Redação
Vanderson de Oliveira, acusado de participar do assassinato de um homem dentro do Hospital Municipal de Brumado, no sudoeste da Bahia, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão em júri popular. O julgamento começou na terça-feira (8) e se estendeu até a madrugada desta quarta-feira (9).
O crime ocorreu em 28 de abril de 2023. De acordo com as investigações, Vanderson e Fabrício Santos Meira invadiram a unidade de saúde encapuzados e executaram Filipe Batista com 23 tiros enquanto ele passava por um exame de raio-X. Filipe havia sido internado após ser baleado no dia anterior, dentro da própria casa.
Fabrício foi morto em confronto com a polícia no dia seguinte ao crime, em Vitória da Conquista, a cerca de 136 km de Brumado. Vanderson foi preso horas após o homicídio, em um bar da cidade, e aguardava julgamento no sistema prisional.
A sentença considerou que o réu agiu com dissimulação, dificultando a defesa da vítima. A pena também teve aumento pela reincidência, já que Vanderson possuía condenação anterior por tráfico de drogas.
Um porteiro do hospital chegou a ser denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), sob suspeita de ter deixado o portão aberto para facilitar a fuga da dupla e indicar a localização da vítima. No entanto, ele foi absolvido pelo júri após negar envolvimento.
Execução filmada por câmeras de segurança
Segundo a investigação, os criminosos se passaram por pacientes para acessar o hospital. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que Vanderson e Fabrício exibem uma arma a uma funcionária e seguem até a sala onde Filipe estava internado. Em seguida, disparam contra a vítima e fogem. Filipe chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Após o crime, Fabrício foi localizado pela polícia em Vitória da Conquista, após uma denúncia anônima. Durante a abordagem, ele reagiu e acabou baleado. Chegou a ser socorrido, mas morreu na unidade de saúde.
Com ele, os policiais apreenderam um revólver calibre 38, 20 munições calibre 45, um tablete e duas porções de maconha, meio tablete de crack, uma balança de precisão e embalagens usadas para fracionamento e venda de drogas. Todo o material foi encaminhado ao Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep), onde o caso foi registrado.