Por Redação

Foto: Reprodução / Redes Sociais
O Lincolnshire Wildlife Park tomou uma medida drástica para conter uma "onda de criminalidade verbal" entre seus moradores mais ilustres. Cinco jovens papagaios-do-Congo foram transferidos para recintos separados após formarem uma espécie de "quadrilha" dedicada a xingar os visitantes do parque.
O grupo, formado por Billy, Elsie, Eric, Jade e Tyson, transformou o que deveria ser uma simples imitação de fala humana em uma performance de travessura organizada. Segundo os cuidadores, as aves desenvolveram um sistema de reforço mútuo que deixava os funcionários e o público boquiabertos.
De acordo com os funcionários do parque, o comportamento das aves funcionava como uma rotina improvisada de comédia. Assim que um pássaro disparava um palavrão, outro reagia com uma risada alta. Essa reação, por sua vez, incentivava o primeiro, e os demais, a continuarem com o vocabulário "chocante".
Os cuidadores explicam que essa dinâmica é um exemplo clássico de aprendizado social. O "choque" e o riso dos visitantes funcionavam como uma recompensa (reforço positivo), fazendo com que os papagaios associassem as palavras obscenas a uma reação emocionante do ambiente.
A decisão de separar os cinco amigos não foi apenas uma medida disciplinar, mas uma estratégia biológica. Os papagaios são imitadores natos e aprendem rapidamente observando seus pares.
"Ficou claro que era necessário interromper esse efeito em cadeia antes que toda a colônia aprendesse exatamente como provocar essa reação", explicou um dos responsáveis pelo parque. Ao isolar os indivíduos, os cuidadores esperam que eles passem a imitar sons mais "comportados" de outras aves ou ruídos naturais do ambiente, perdendo o hábito de usar a linguagem ofensiva para ganhar atenção.
Para os especialistas em comportamento animal, o caso de Billy e seus companheiros serve como um lembrete de que as aves, especialmente os papagaios-do-Congo, conhecidos por sua inteligência superior, não estão separadas das influências ao seu redor. A tagarelice incessante desses animais mostra que, no reino animal, assim como no humano, aquilo que imitamos acaba moldando quem nos tornamos.