Salvador lidera ranking de pessoas que já se casaram e não vivem mais em união, aponta Censo




Foto: Pixabay/Reprodução


Da redação

Salvador é a capital brasileira com a maior proporção de pessoas que já viveram uma união conjugal, mas não vivem mais com o parceiro — os chamados “descasados”. De acordo com o Censo 2022, 23,8% dos moradores da capital baiana com 10 anos ou mais estavam nessa condição. O índice coloca a cidade à frente de Porto Alegre (23,7%) e do Rio de Janeiro (22,7%). As menores proporções foram registradas em Palmas (16,3%), Porto Velho (16,3%) e Teresina (18,4%).

O crescimento desse grupo em Salvador também foi o maior entre 2010 e 2022. No período, o percentual de pessoas que já haviam sido casadas ou vivido em união estável, mas não permaneciam na relação, passou de 18,3% para 23,8%, um aumento de 5,5 pontos percentuais. Com isso, a capital subiu da quarta para a primeira colocação no ranking nacional, superando cidades que historicamente registravam índices mais altos, como Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

Esse movimento faz parte de uma tendência observada em todas as capitais brasileiras: cresceu, no país, o número de pessoas que romperam vínculos conjugais em algum momento da vida.

Ao mesmo tempo, Salvador aparece com uma das menores proporções de pessoas vivendo em união conjugal. Em 2022, 44,7% dos moradores da capital com 10 anos ou mais (963.209 pessoas) estavam casados ou em união estável, percentual superior apenas ao de São Luís (44,5%). Na outra ponta da lista aparecem Florianópolis (52,4%), Curitiba (51,4%) e Palmas (50,1%).

Já o número de pessoas que nunca haviam se casado ou vivido com um parceiro diminuiu na capital baiana. Em 2022, esse grupo representava 31,5% da população (679.425 pessoas), contra 37,7% (877.876 pessoas) em 2010. Com esse percentual, Salvador ocupa a 17ª posição entre as capitais. Os maiores índices de solteiros foram registrados em São Luís (35,6%), Macapá (35,3%) e Teresina (34,7%). Os menores, em Porto Alegre (28,0%), Florianópolis (28,1%) e Campo Grande (29,5%).

No conjunto dos municípios baianos, 46,3% das cidades (193 das 417) tinham, em 2022, mais da metade da população vivendo em união conjugal. As maiores proporções foram encontradas em Feira da Mata (60,0%), Tabocas do Brejo Velho (59,0%) e Rio do Antônio (58,8%). No extremo oposto estão Anguera (40,6%), Teodoro Sampaio (40,6%) e Tanquinho (40,4%).

Os maiores percentuais de pessoas que já haviam sido casadas ou em união estável, mas não viviam mais com o parceiro, foram observados em Almadina (27,0%), Gongogi (26,7%) e Cachoeira (26,5%). Já Lagoa Real (11,6%), Tabocas do Brejo Velho (11,2%) e Tanque Novo (10,3%) registraram as menores proporções.

Entre os moradores que nunca viveram em união conjugal, os maiores índices ocorreram em Ipecaetá (38,2%), Mansidão (37,9%) e Antônio Cardoso (37,3%). As menores proporções foram verificadas em Nova Ibiá (26,1%), Mutuípe (26,0%) e Várzea do Poço (25,4%).
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