Foto: SBI Blindagen / Divulgação
Da Redação
A Bahia se tornou um dos principais polos do país em blindagem automotiva. Dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) mostram que o estado registrou 215 veículos blindados no primeiro semestre de 2025, ficando em sexto lugar no ranking nacional, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
O número confirma o crescimento constante do setor: foram 268 blindagens em 2024, contra 298 em 2023 e 252 em 2022. Para o presidente da Abrablin, Marcelo Silva, o avanço “reflete a expansão do crime organizado para regiões antes consideradas tranquilas, o que tem levado mais pessoas a buscar proteção veicular”.
O CEO da SBI Blindagens, João Ricardo Araújo, diz que 2025 tem sido um ano de forte alta na demanda, impulsionado pela insegurança e pelo aumento do poder de compra. “A Bahia vem se consolidando como um dos mercados mais promissores do Nordeste”, afirmou.
No cenário nacional, 22.425 veículos foram blindados no primeiro semestre, alta de 11,5% em relação a 2024. O Brasil já soma mais de 350 mil carros blindados, sendo o país com maior volume de blindagens civis do mundo. O setor movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano e gera 120 mil empregos diretos e indiretos.
A maioria das blindagens é de nível III-A, resistente a disparos de armas curtas. O serviço custa, em média, entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, podendo chegar a R$ 120 mil em veículos maiores.
Segundo Marcelo Silva, a tecnologia atual tornou o processo mais leve e discreto: “Hoje o carro blindado mantém aparência e dirigibilidade próximas ao original, o que aumenta a confiança do consumidor e aquece o mercado de seminovos”.