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Da Redação
A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta sexta-feira (10), o retorno do financiamento de até 80% do valor dos imóveis no Sistema de Amortização Constante (SAC), modelo em que as parcelas são mais altas no início e diminuem ao longo do tempo. A medida, que amplia o limite anterior de 70%, busca facilitar o acesso da classe média à casa própria por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
O presidente da Caixa, Carlos Vieira, explicou que a mudança foi possível graças às novas regras de uso do FGTS e da poupança, que liberam recursos antes retidos em depósitos compulsórios. A iniciativa integra o novo modelo de crédito imobiliário lançado pelo governo federal, voltado a estimular o setor e reduzir o impacto da alta dos juros.
“Estamos criando condições para que mais brasileiros possam realizar o sonho da casa própria, com segurança e equilíbrio financeiro”, afirmou Vieira. A vice-presidente da Caixa, Inês Magalhães, estimou que o modelo deve injetar cerca de R$ 40 bilhões em financiamentos habitacionais. Já o ministro das Cidades, Jader Filho, projetou que a ampliação permitirá financiar 80 mil novas unidades até 2026.
O pacote também prevê o reajuste do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, permitindo o uso do FGTS na compra de imóveis mais caros, valor que estava congelado desde 2018.
A Caixa, responsável por quase 70% dos financiamentos imobiliários do país, deve liderar a adesão ao novo formato, que será testado até o fim de 2026. Caso os resultados sejam positivos, o funcionamento pleno do modelo deve começar em 2027, com a expectativa de expandir a oferta de crédito e reduzir custos ao consumidor.