PF investiga entrega de dinheiro vivo a Ciro Nogueira em gabinete no Senado









Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Da Redação




O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas e ex-ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro, foi citado em investigação da Polícia Federal como suposto destinatário de uma sacola de papelão com dinheiro vivo.




De acordo com depoimento de uma testemunha ao site ICL Notícias, a entrega teria sido mencionada por Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, apontado como líder de um esquema criminoso ligado ao PCC ao lado de Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”. Segundo a fonte, o repasse ocorreu em agosto de 2024, dentro do gabinete de Nogueira no Senado.




“Eles estavam indo encontrar o Ciro, em posse dessa sacola. Era uma sacola grampeada, de largura compatível com o tamanho de uma cédula”, relatou a testemunha, cuja versão já foi formalizada à PF.




As investigações apontam que o dinheiro estaria vinculado a interesses dos suspeitos na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), relacionados à tentativa de reverter a revogação das licenças das empresas Copape e Aster, além de projetos de lei em tramitação no Congresso.




Ciro Nogueira negou as acusações em ofício encaminhado ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no qual acusou o ICL Notícias de atuar como “site de pistoleiros”. O senador afirmou nunca ter recebido os investigados em seu gabinete nem mantido proximidade com eles.




“Jamais poderia ter advogado em benefício dessas pessoas, e a inaceitável hipótese de que poderiam ter me favorecido financeiramente é absolutamente mentirosa”, escreveu. Ele pediu que a PF solicite registros de entrada em seu gabinete, imagens de segurança e colocou seus sigilos à disposição da Justiça.




Até o momento, as defesas de Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva não se manifestaram.
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