Familiares e amigos de pessoas privadas de liberdade no Conjunto Penal de Itabuna relatam um cenário persistente de desorganização, falta de estrutura e tratamento desumano na entrada da unidade. As queixas incluem filas extensas sob sol forte, ausência de respeito a prioridades para idosos e pessoas com mobilidade reduzida e atrasos na triagem, agravados pelo uso de apenas um body scan para centenas de visitantes e servidores. Há ainda falta de orientação clara sobre itens permitidos, o que tem levado à dispensa de marmitas levadas pelas famílias — decisão tomada, segundo os relatos, sem critérios transparentes. 
As críticas também atingem a comunicação institucional. De acordo com os depoimentos, não há canal oficial da unidade para informar regras e mudanças; as orientações circulam por grupos de mensagens informais, suscetíveis a ruídos e desencontros. A queixa é que a assistência social demora em procedimentos simples e não oferece escuta qualificada, o que amplia a sensação de abandono. Mesmo com a chegada de nova direção, as famílias afirmam não ter percebido avanços no atendimento às visitas. 
Em 29 de janeiro de 2025, uma inspeção da Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) registrou superlotação — 822 internos para 670 vagas — e apontou irregularidades. A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) informou que abriria sindicância para apurar responsabilidades, incluindo a empresa de cogestão, Socializa, mas não houve esclarecimentos específicos sobre medidas para organizar e humanizar o acesso de visitantes. Enquanto isso, a empresa tem divulgado inaugurações e ações internas, que, segundo familiares, não se refletem na experiência de quem vai visitar. 
O que cobram as famílias
• Fila humanizada e cumprimento de prioridades legais;
• Ampliação da triagem (mais aparelhos e pessoal) para reduzir a espera;
• Protocolo público sobre itens permitidos (ex.: embalagens de alimentos), com comunicação oficial e atualizada;
• Canal institucional (grupo oficial/portal) para avisos e regras;
• Atuação efetiva da SEAP e fiscalização contínua para garantir dignidade a quem visita.