Falar sobre religiosidade e fé é algo complexo — ainda mais para um leigo como eu, que simplesmente segue e tem Cristo como Salvador. Me considero cristão, mas não tenho uma igreja definida, e, pela idade que tenho, acredito que continuarei assim: aprendendo e respeitando o meu semelhante.
Tenho buscado um maior entendimento cristão e, a cada descoberta, me questiono sobre o que, de fato, as pessoas têm aprendido da Palavra. Jesus Cristo foi tão claro e direto em seus ensinamentos. Nosso Salvador foi didático ao nos ordenar que amássemos ao próximo (João 13:34), e o que mais tenho visto, infelizmente, é justamente o contrário.
Cristo deixou evidente, por meio de suas atitudes e ações, o que esperava de nós: caminhou ao lado dos pobres, curou os doentes e dividiu o pão com o próximo. A Santa Ceia e o milagre da multiplicação dos pães e peixes para alimentar cerca de cinco mil pessoas (Mateus 14:13-21) são exemplos claros daquilo que Ele ensinou e continua a esperar de nós.
Jesus também afirmou que, até Ele, o Filho do Homem, veio para servir, e não para ser servido. Disse aos seus discípulos que nossa missão aqui é servir, ajudar, dividir, compartilhar — jamais acumular. A mensagem é clara como a água: o acúmulo só traz desgraça e miséria para a maioria. Mas a ganância, infelizmente, cega e destrói o que há de melhor no ser humano.
"Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos." (Mateus 20:26-28)
Viverei uma vida inteira aprendendo — e, a cada dia, percebo que nada sei. Mas uma coisa é certa: a ganância, a riqueza, o acúmulo e a avareza jamais foram lições deixadas por nosso Cristo Salvador.
Arnold Coelho
Buscando entendimento