Foto: Divulgação/ADAB
Da Redação
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) emitiu um alerta para apicultores e meliponicultores diante da presença do Aethina tumida, conhecido como “pequeno besouro das colmeias”, praga que pode causar sérios prejuízos à apicultura, como queda na produtividade e abandono de enxames.
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Originário da África, o inseto está no Brasil desde 2025 e tem como alvo tanto abelhas com ferrão quanto abelhas sem ferrão, alimentando-se de mel, pólen e larvas. Na Bahia, até o momento, foi identificado apenas um foco da praga, no município de Conde, no nordeste do estado. O caso foi controlado, e ações de vigilância e educação sanitária seguem sendo realizadas na região.
Em entrevista ao Correio, a coordenadora do Programa de Sanidade das Abelhas da Adab, Luciana Ávila, alerta que não existe tratamento para a infestação, sendo a prevenção o principal caminho. “É essencial manter colmeias fortes, com rainhas jovens e caixas padrão. Caixas antigas e abandonadas devem ser retiradas, assim como restos de quadros e cera”, explica.
Na entressafra, a orientação é utilizar alimentos de origem conhecida, com valor proteico ou energético, para fortalecer os enxames. Luciana reforça ainda que o Aethina tumida tem ciclo de vida longo e pode se espalhar por voo ou transporte irregular de colmeias infestadas. Por isso, é fundamental adquirir colmeias e rainhas com a Guia de Trânsito Animal (GTA).
Identificação da praga
O besouro tem coloração marrom e tamanho aproximado a um terço do de uma abelha comum. A recomendação é que os apicultores façam inspeções regulares nas colmeias e, caso encontrem o inseto, o capturem em frasco limpo com álcool 70% — ou congelem o recipiente, se não houver álcool disponível.
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Por se tratar de uma praga de notificação obrigatória, os casos suspeitos ou confirmados devem ser comunicados imediatamente à Adab. A agência também reforça a importância do cadastramento das colmeias junto ao órgão estadual.