2 de Julho: Cortejo Afro apresenta músicas autorais e releituras em Pirajá após chegada do Fogo Simbólico



Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS


Da redação

A Praça General Labatut, no bairro de Pirajá, em Salvador, foi tomada por soteropolitanos e turistas no final da tarde desta terça-feira (1º), durante a apresentação do Cortejo Afro. A apresentação ocorreu logo após a tradicional cerimônia de chegada do Fogo Simbólico, que integra a programação da Independência do Brasil na Bahia e marca o início das comemorações do 2 de Julho.

Como manda a tradição, o Fogo Simbólico saiu de Cachoeira e de Mata de São João na última segunda-feira (30), e percorreu diversas cidades do Recôncavo e do Litoral Norte até chegar à capital baiana, onde acendeu a pira localizada no Panteão de Pirajá, espaço que guarda os restos mortais do general Pierre Labatut, que lutou na Batalha de Pirajá. Na ocasião, foram hasteadas as bandeiras de Salvador, da Bahia e do Brasil.

Formado em 1998 na comunidade de Pirajá, o Cortejo Afro fez uma apresentação com músicas autorais e releituras de canções da música popular brasileira, misturando ritmos africanos, beats eletrônicos e influências pop. O grupo nasceu às margens da Bacia do Cobre, no Parque São Bartolomeu, e é inspirado nas tradições do Ilê Axé Oyá.

“É o terceiro ano do Cortejo Afro aqui nessa festividade, que é a chegada do Fogo Simbólico. Eu acho que é um momento de agradecer, é um momento também do encontro do Cortejo Afro com a comunidade de onde surgiu o Cortejo Afro. Aqui é a nossa matriz, aqui é onde tudo começou. O Cortejo Afro, inclusive, faz aniversário no 2 de Julho, completando 27 anos de existência”, afirmou Aloísio Menezes, vocalista do grupo, pouco antes de subir ao palco.

Também integrante da banda, o cantor Portela Açúcar falou sobre a parceria com a Prefeitura de Salvador. “Essa festa de hoje, idealizada pela Prefeitura, é maravilhosa. Uma coisa mágica. Salvador precisa conhecer mais essa festa que a Prefeitura patrocina aqui em Pirajá, que é muito linda. O Cortejo Afro agradece essa parceria”, disse o músico.

Moradora do bairro, a autônoma Edirlane Santos, de 30 anos, acompanhou a festa ao lado da filha Heloísa, de cinco anos. “Conheço o Cortejo Afro. Pretendo ficar até o final da festa. Costumo sempre acompanhar a apresentação do Cortejo Afro. Vim no ano passado, foi muito bonita. Gosto muito das músicas, do estilo, além das danças”, contou.

Atenta à apresentação do grupo, Jaiaraci Araújo, de 39 anos, também moradora de Pirajá, contou que a relação da família com o grupo vai além da admiração pelo palco. “Amo a música do Cortejo Afro, adoro o ritmo deles. Minhas filhas, Alice, Eliza e Joyce, fazem aula de percussão com o Cortejo Afro”, disse.
Postagem Anterior Próxima Postagem

Leia o texto em voz alta:



Esta imagem está protegida. Copiar não é permitido.