“Para onde vai o silêncio da queda” faz apresentações dias 11 e 18 de junho, no Teatro Glaucio Gill
Depois de uma temporada de estreia com ingressos esgotados, fila de espera e cadeiras extras no Teatro Glaucio Gill, o solo “Para onde vai o silêncio da queda”, ganha mais duas apresentações. Idealizada e interpretada por Virgínia Martins, com direção de Karla Tenório, a peça é uma comédia dramática que discute as contradições do amor romântico e da solidão contemporânea. As novas sessões, marcadas para os dias 11 e 18 de junho, foram conquistadas graças a demanda do público, que leva o espetáculo a se apresentar na semana do dia dos namorados, uma alternativa tanto para casais, como para solteiros que desejam refletir sobre as dinâmicas do afeto.
Misturando humor, crítica e autobiografia, o espetáculo investiga as armadilhas do amor sob a perspectiva de uma mulher nordestina vivendo no Rio de Janeiro. No palco, a atriz mergulha em suas próprias memórias e nas da sua bisavó, que tinha o mesmo nome (Virgínia Martins), para questionar uma estrutura que atravessa gerações. Termos presentes nas discussões contemporâneas como “síndrome da escolhida”, “relacionamento abusivo”, “não-monogamia” e “redpill” estão sutilmente infiltrados na dramaturgia, contribuindo para uma elaboração coletiva sobre os desafios de amar em tempos de hiperconexão e relações líquidas.
O espetáculo cativou o público carioca, que se reconhece nas histórias e nas feridas expostas. Em um depoimento gravado, o ator Leandro Hassum revela "É um dos espetáculos mais importantes, que te cutuca, que te dá nó na garganta, que te faz pensar, que te faz chorar, que te faz se identificar (...) Um dos melhores espetáculos que eu vi nos últimos anos, sem dúvida.” Em outro depoimento, a atriz Rhaisa Batista comenta: “É muito legal porque as pessoas hoje em dia escondem tanto o que se passa, o que sentem, né? Mas ali ela não teve o menor pudor de se expor, por isso que a gente se identifica tanto.”
Estreando como diretora, Karla Tenório celebra a recepção do espetáculo: “Eu tô muito satisfeita com o resultado dessa temporada, uma temporada que pra mim foi muito especial porque foi quando a gente uniu toda a nossa equipe. Uma estreia, né? É muito importante. Depois, quando a gente faz outras temporadas, também é importante, mas a peça já existe, a peça já tá amarrada. Eu amo o Glaucio Gill porque é essa incubadora de espetáculos, é um espaço sagrado, muito preparado pra receber as estreias e preparar a carreira do espetáculo pra ir pro mundo. Eu tô muito feliz porque tivemos sessões lotadas todos os dias e tenho recebido feedbacks de impacto na saúde mental das mulheres, nas sinapses que as mulheres estão fazendo com os seus próprios relacionamentos. Como minha primeira direção em dramaturgia, só posso me sentir honrada por esse resultado”.
Para Virgínia Martins o sucesso foi uma surpresa: “a gente estava preocupada porque tinham 100 lugares, mas tivemos sessões lotadas com cadeira extra e algumas pessoas não conseguiram entrar. Foi realmente muito surpreendente como o público recebeu o tema. Eu sinto que a peça foi acolhida como cura coletiva, medicina. Parece que as pessoas estão sedentas por esse tema, então foi uma catarse coletiva. E por conta desse sucesso a gente está estendendo a temporada, que vai calhar de ser na véspera do dia dos namorados. É um momento propício tanto para quem está com o namorado como para quem está solteira.”, revela a atriz.
O público diz:
Em depoimentos gravados após o espetáculo e publicados no Instagram da peça, os espectadores comentam:
“Eu vim aqui despretensiosamente no Teatro Glaucio Gil numa quarta-feira e me deparei com porões da minha intimidade, do meu sentir, do meu querer, do meu saber, do meu ser”
“Não é só um texto sobre uma mulher, uma imigrante, uma mulher que sofre, uma nordestina. É um texto sobre todas as mulheres vítimas de um patriarcado”
“É uma peça de poder, de empoderamento”
“Eu como homem fiquei muito impactado, muito tocado, é emocionante, é forte, é divertido.”
“São feridas que a gente tem que mexer, melhorar como sociedade”
“Fala sobre o amor, sobre o desamor, essa nossa busca eterna por amar, ser amada. E esses buracos que vão ficando pelo caminho”
“Uma peça que remete à história da minha mãe, à história da minha avó, à minha história e à história da minha filha. Nós todas somos Virgínia”
As sessões extras de “Para onde vai o silêncio da queda”, contarão ainda com um bate papo após o espetáculo, com a participação da atriz e diretora acompanhadas de convidados especiais que serão divulgados pelas redes sociais da peça.
SERVIÇO:
Local: Teatro Glaucio Gill - Praça Cardeal Arcoverde, s/n - Copacabana, Rio de Janeiro
Sessões extra: 11 e 18 de junho (quarta-feira)
Horário: 20h
Ingressos: R$40 (inteira); R$20 (meia) - site da FUNARJ
Link para compra: https://www.instagram.com/paraondevaiosilenciodaqueda/
Classificação: 14 anos
Duração: 60 minutos
Redes Sociais: @paraondevaiosilenciodaqueda
FICHA TÉCNICA:
Idealização e atuação: Virgínia Martins
Direção: Karla Tenório
Dramaturgia: Karla Tenório e Virgínia Martins
Iluminação: Fernanda Mantovani
Trilha Sonora Original: Ricco Viana
Figurino e adereços: Maria Callou
Design Gráfico: Raquel Alvarenga
Direção de Movimento: Brisa Caleri
Preparação Vocal: André Grabois
Direção de Produção: Karla Tenório e Virgínia Martins
Produção Executiva: Nely Coelho e Monique Ottati
Assessoria de Imprensa: Mar Comunicação
Mídias Sociais: Evandro Castro Neto, Karla Tenório e Virgínia Martins
Visagismo: Nata Di Paula
Operador de som: Wemmerson Reis
Operador de luz: Fernanda Mantovani
Operador de projeção: Raquel Simen e Pedro Qualq
Montagem dos vídeos: Karla Tenório
Técnico e montador de luz: Eduardo Pereira
Fotos de Divulgação: Beto Roma e Bruno Coqueiro
Realização: Virgínia Martins