
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Da Redação
Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas na segunda-feira (16), em Salvador, durante a primeira audiência do processo que apura o assassinato de Paulo Daniel Pereira e Matusalém Silva Muniz. A sessão ocorreu no Fórum Criminal, localizado no bairro de Sussuarana, e se estendeu por cerca de quatro horas.
Os jovens desapareceram em 4 de novembro de 2024, após saírem para trabalhar como diaristas em um ferro-velho no bairro de Pirajá, também na capital baiana. Mesmo sem a localização dos corpos, a Polícia Civil já considera os dois como mortos.
O empresário Marcelo Batista da Silva, proprietário do ferro-velho, é apontado como o mandante do crime, enquanto o soldado da Polícia Militar Josué Xavier Pereira é investigado por participação direta nas mortes. Ambos estiveram presentes na audiência e deixaram o local após os depoimentos.
Novas sessões devem ser marcadas para ouvir outras testemunhas e dar continuidade às investigações.
Relembre o caso
Logo após o desaparecimento dos jovens, buscas foram realizadas no ferro-velho e em áreas próximas, sem sucesso. Em 27 de março de 2025, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Marcelo e Josué pelos homicídios, qualificando os crimes como cometidos por motivo torpe, com emprego de meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e com ocultação dos cadáveres.
A Justiça acatou a denúncia no dia 31 de março, tornando ambos réus formais no processo. Na ocasião, Marcelo estava foragido, mas se apresentou à Justiça na semana passada e passou a responder em liberdade provisória, com medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e restrição de saída da cidade.