Ucrânia: Zelensky aceita negociar paz, mas só mediante um cessar-fogo




247 - A Ucrânia manifestou disposição para retomar negociações diretas com a Rússia nos próximos dias, mas estabeleceu uma condição clara: Moscou precisa assinar previamente um cessar-fogo total e sem pré-condições. A declaração foi feita neste domingo (11) pelo presidente Volodymyr Zelensky, em resposta à proposta de Vladimir Putin de realizar um encontro entre as delegações na Turquia. As informações são do Metrópoles.

“Não faz sentido continuar a matança nem por um único dia. Esperamos que a Rússia confirme um cessar-fogo completo, duradouro e confiável a partir de amanhã, 12 de maio, e a Ucrânia está pronta para se reunir”, afirmou Zelensky, por meio de uma publicação na rede X.

A posição do governo ucraniano foi reforçada por Andriy Yermak, chefe de gabinete de Zelensky, que publicou em seu canal no Telegram: “Primeiro um cessar-fogo de 30 dias, depois todo o resto”. A exigência foi reiterada durante a visita dos líderes da Grã-Bretanha, França, Alemanha e Polônia a Kiev no sábado (10/5).

Durante o encontro na capital ucraniana, os chefes de Estado realizaram uma ligação conjunta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para alinhar os próximos passos da estratégia ocidental em relação ao conflito. Após a reunião, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deixou claro que uma negativa russa à proposta de cessar-fogo será respondida com firmeza:

“Responderemos, trabalhando com o presidente Trump e todos os nossos parceiros, intensificaremos as sanções e aumentaremos nossa ajuda militar para a defesa da Ucrânia, a fim de pressionar a Rússia a voltar à mesa de negociações.”

A resposta do Kremlin ao ultimato ucraniano ocorreu de forma inusitada. Por volta das 2h da manhã no horário local (meia-noite em Brasília), uma declaração foi lida a jornalistas em uma sala cerimonial do Kremlin. Nela, Putin acusou a Ucrânia de violar cessar-fogos anteriores, mas mesmo assim propôs retomar as conversas.

“Estamos prontos para negociações sérias com a Ucrânia e queremos resolver as causas profundas do conflito”, afirmou o presidente russo, sugerindo que o encontro ocorra já na próxima quinta-feira (15/5) em Istambul.
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