Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Da redação
A proposta aprovada pela Câmara dos Deputados para ampliar de 513 para 531 o número de parlamentares enfrenta resistência significativa no Senado, incluindo críticas de senadores tanto da base governista quanto da oposição. Parlamentares alegam que o momento não é apropriado, destacam o aumento de gastos públicos e apontam incoerência ao aprovar uma medida que vai na contramão do discurso de austeridade. Apesar de líderes da Câmara indicarem que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se comprometeu a pautar o tema, a expectativa no Senado é de que a proposta tenha um caminho difícil.
A medida foi motivada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a readequação do número de deputados por estado com base no Censo de 2022. Caso a redistribuição ocorresse mantendo as 513 cadeiras, alguns estados, como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, perderiam vagas, enquanto outros, como o Amazonas, ganhariam. Essa redistribuição gerou divergências regionais dentro dos partidos, aprofundando o impasse no Congresso.
Senadores como Paulo Paim (PT-RS) e Plínio Valério (PSDB-AM) defendem que a solução passe por uma redistribuição das cadeiras, sem aumentar o número total de parlamentares. Paim declarou ser “totalmente contra o aumento de parlamentares no Congresso Nacional” e sugeriu apenas ajustes proporcionais. Já Valério classificou a proposta aprovada pela Câmara como uma “vergonha” e reforçou que sempre defendeu mudanças dentro do atual limite de deputados. Com informações do Metrópoles.