Pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, a senadora Simone Tebet apontou o chamado “orçamento secreto” como provável maior esquema de corrupção visto no país.
Em entrevista ao Central das Eleições, da GloboNews, ela disse ainda ter sido “a maior vítima” do mecanismo, que em sua avaliação foi crucial para que perdesse a eleição para a presidência do Senado, em 2021, visto que ele privilegia aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) no repasse de recursos públicos
“O orçamento secreto, por ser secreto e não transparente e não vir um programa de planejamento programas metas e resultados, dá nisso: dá nesse esquema de corrupção”, defendeu Tebet, que lembrou de valores atribuídos a outros escândalos de corrupção como o mensalão, com R$ 160 milhões e o petrolão, de R$ 2,3 bilhões, para fazer o comparativo.
“Quanto nós estamos falando do orçamento secreto? Nós estamos falando só agora de algo em torno de R$ 44 bilhões, sendo R$ 28 bilhões já executado. Então nós podemos estar diante do maior esquema de corrupção da história da república brasileira”, afirmou a senadora.
Apesar de criticar o mecanismo, ela minimizou a responsabilidade do Congresso, afirmou que a gestão do mecanismo fica a cargo de poucos parlamentares e atribuiu o problema ao governo federal. “Não existe espaço vazio na política. O Congresso sequestrou esse orçamento, e não é culpa do Congresso. É culpa de um governo que não sabe para onde vai e não sabe o que fazer com o dinheiro que tem”, defendeu.