PF prende Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira após trânsito em julgado de caso do golpe



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Da Redação

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (25) os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, ambos ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. As detenções ocorreram em Brasília, e os dois foram encaminhados ao Comando Militar do Planalto (CMP).

Heleno, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Nogueira, ex-ministro da Defesa, tiveram as prisões decretadas após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar o trânsito em julgado das ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado. Com a decisão, não há mais possibilidade de recursos.

O STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. Heleno recebeu pena de 21 anos, enquanto Nogueira foi sentenciado a 19 anos, todos em regime fechado.

O trânsito em julgado foi declarado nesta terça (25) pelo STF, no processo envolvendo Bolsonaro e outros investigados. A decisão abre caminho para que o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações, determine o início do cumprimento das penas e os locais onde cada condenado ficará preso.

O fim da tramitação também alcança o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, condenado a 16 anos, um mês e 15 dias por participação no plano golpista; e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, sentenciado a 24 anos por oferecer suporte jurídico a decretos de exceção, manipular forças de segurança e disseminar desinformação contra o sistema eleitoral.

Bolsonaro está detido preventivamente desde sábado (22), na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A prisão foi decretada após a PF identificar violação da tornozeleira eletrônica usada durante sua prisão domiciliar. Moraes avaliou que havia risco de fuga, reforçado por uma vigília religiosa convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Na segunda (24), a Primeira Turma do STF manteve por unanimidade a ordem de prisão preventiva. Votaram nesse sentido os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, acompanhando o entendimento de Moraes.
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