MP denuncia irmã gêmea de “serial killer” por ajudar em quatro mortes





O Ministério Público de São Paulo acusa Roberta Cristina Veloso de ter incentivado e colaborado com os assassinatos cometidos pela irmã gêmea, Ana Paula, suspeita de matar quatro pessoas por envenenamento entre janeiro e maio em SP e no RJ


OMinistério Público de São Paulo denunciou Roberta Cristina Veloso Fernandes por supostamente ter ajudado e estimulado a irmã gêmea, Ana Paula Veloso Fernandes, a cometer quatro homicídios por envenenamento em um intervalo de cinco meses. A promotoria também pediu à Justiça que a prisão temporária de Roberta seja transformada em prisão preventiva, para garantir o andamento das investigações.


De acordo com o inquérito, Ana Paula, de 36 anos, é suspeita de envenenar quatro pessoas entre janeiro e maio deste ano, em Guarulhos (SP) e Duque de Caxias (RJ). As vítimas incluem o proprietário do imóvel em que ela morava, uma amiga conhecida pela internet, o pai de uma ex-colega de faculdade e um namorado tunisiano.

A Polícia Civil afirma que Roberta teria colaborado em parte das ações da irmã e até tentado dificultar o trabalho dos investigadores. O Ministério Público classifica o caso como “de extrema gravidade” e afirma que há indícios claros de planejamento e premeditação. Além disso, o órgão pediu que Roberta seja condenada a pagar indenização de R$ 20 mil por vítima, como compensação mínima pelos danos causados.

Roberta foi indiciada no dia 14 de outubro, e divide a prisão com a irmã e com Michelle Paiva da Silva, 43 anos, filha de uma das vítimas, também apontada como cúmplice. As defesas das acusadas ainda não se pronunciaram.

As apurações indicam que Ana Paula deixou o Rio de Janeiro no início do ano, levando Roberta consigo e transferindo o curso de Direito para uma universidade em Guarulhos. Poucos meses depois, quatro mortes passaram a ser associadas ao seu convívio pessoal.

As vítimas identificadas são:
• Marcelo Fonseca, dono da casa alugada por Ana Paula, morto em janeiro;
• Maria Aparecida Rodrigues, amiga virtual, morta em circunstâncias semelhantes;
• Neil Corrêa da Silva, pai de uma ex-colega de faculdade, morto em abril, no Rio;
• Hayder Mhazres, namorado tunisiano, morto em maio.

O caso é investigado em conjunto pelas polícias civis de São Paulo e do Rio de Janeiro, que apuram se há outros possíveis envenenamentos ligados à dupla
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