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Da Redação
O número de traficantes baianos presos na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, subiu de três para 16, segundo atualização da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). A ação, considerada a mais letal do estado, já deixou mais de 128 mortos até esta quarta-feira (29).
Entre os presos estão líderes do CV em Feira de Santana e no bairro do Portão, em Lauro de Freitas, o que reforça a conexão entre o tráfico baiano e o carioca. Segundo a SSP, a morte de um dos 17 alvos da Bahia em território fluminense expõe a ramificação da facção entre os dois estados.
O baiano Júlio Souza Silva, de 26 anos, natural de Salvador, foi identificado entre os mortos na operação. Ele era apontado como uma das lideranças do CV no Vale das Pedrinhas e usava um fuzil com o emblema da bandeira da Bahia. Júlio já havia sido preso por tráfico de drogas e cumpria pena em regime semiaberto.
A presença de criminosos baianos em favelas cariocas não é um fenômeno novo. Investigações anteriores revelaram que chefes do CV da Bahia se abrigam em comunidades como a Rocinha e a Maré, de onde continuam comandando atividades criminosas no estado de origem.
De acordo com fontes da segurança pública, essa cooperação interestadual envolve tanto o envio de traficantes da Bahia para o Rio quanto a instalação de lideranças fluminenses em cidades baianas, como Feira de Santana, Lauro de Freitas e Camaçari. A SSP-BA informou que segue monitorando as ramificações da facção e colaborando com as forças fluminenses para identificar novos alvos.