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Da Redação
A presença de animais silvestres em áreas urbanas de Salvador tem sido cada vez mais comum. Dados da Guarda Civil Municipal (GCM), por meio do Grupo Especial de Proteção Ambiental (Gepa), mostram que, entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 4.619 resgates e capturas, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período de 2024.
Segurança Salvador
Segundo o levantamento, a maior parte dos atendimentos envolveu invertebrados (4.150). Também foram recolhidas 70 serpentes, 90 mamíferos, 59 répteis, 73 aves e 186 animais marinhos. Entre eles, 250 eram filhotes e 36 estavam debilitados. Tenébrios, tartarugas marinhas, sariguês, jiboias, jabutis, corujas, gaviões e saguis estão entre os mais resgatados.
As regiões com mais ocorrências foram a Metropolitana, puxada pela Via Parafuso/Ceasa, com 4.148 casos, seguida por Itapuã/Ipitanga (236) e Barra/Pituba (90).
No comparativo com 2023, o salto é ainda mais expressivo: 174% de aumento nos registros de resgate. Para a corporação, esse cenário está ligado tanto ao crescimento da urbanização quanto às campanhas de conscientização promovidas pelo Gepa em cursos e palestras sobre preservação ambiental.
A GCM orienta que a população não tente capturar animais por conta própria. Em situações de risco, o resgate deve ser solicitado pelos telefones (71) 3202-4323 ou (71) 3202-5343, integrados ao sistema de videomonitoramento do município.
Os protocolos seguem diretrizes do Ibama e do Inema. Após o resgate, os animais são encaminhados a centros especializados, como o Noap/Ufba, os Cetas, o projeto Tamar (no caso de tartarugas marinhas) e o Instituto Mamíferos Aquáticos. Depois da triagem e, se necessário, de cuidados veterinários, eles são devolvidos à natureza.