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Da Redação
A apreensão de animais silvestres tem se tornado rotina em Salvador e Região Metropolitana (RMS) ao longo de 2025. Dados da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) apontam que, até a primeira quinzena de setembro, 8.471 animais da fauna silvestre foram resgatados em operações de fiscalização — número que já supera os 7.300 registros de todo o ano passado.
O tráfico de aves é o que mais impulsiona as ocorrências. Apenas nos dois últimos meses, 1.383 pássaros mantidos em cativeiro de forma ilegal ou destinados ao comércio clandestino foram apreendidos em 18 ações.
Embora existam competições de canto legalizadas, com autorização dos órgãos ambientais, a maioria ainda ocorre de forma clandestina, colocando em risco não apenas a vida dos animais, mas também a sobrevivência das espécies.
A Coppa ressalta que as feiras livres seguem sendo os principais pontos de fiscalização, já que nelas o tráfico de aves costuma ocorrer com mais frequência. O crime está previsto na legislação federal e pode resultar em pena de detenção de seis meses a um ano, além de multas que variam de R$ 500,00 por indivíduo de espécie não ameaçada até R$ 5.000,00 para cada exemplar de espécie em risco de extinção.
De acordo com a PM-BA, os números crescentes de resgates reforçam o compromisso das forças de segurança com o combate a esse tipo de crime ambiental e a preservação da biodiversidade.