Nesta segunda-feira (4), a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) realizou uma operação de combate a fraudes no sistema de abastecimento de água no Condomínio Itapoan, em Itabuna. A ação identificou cerca de 300 ligações irregulares, entre as 735 unidades cadastradas no local. A iniciativa integra um conjunto de medidas para reduzir perdas, garantir a regularidade do fornecimento e responsabilizar quem comete irregularidades que prejudicam toda a população.
Antes da ação de fiscalização, a EMASA esteve por duas vezes no Condomínio Itapoan em reuniões com a comunidade, com o objetivo de apresentar soluções para o problema e orientar sobre a regularização do serviço de abastecimento. Durante os encontros, foi apresentado o Programa EMASA Legal, que oferece condições facilitadas para quitação de débitos e regularização de ligações.
A operação foi coordenada pelo Setor Comercial da EMASA e contou com o apoio de equipes de fiscalização de campo. Durante a vistoria, foram identificados imóveis com ligações sem hidrômetro e conexões irregulares diretamente na rede distribuidora, comprometendo o abastecimento de quem mantém suas contas em dia.
O presidente da EMASA, Ivan Maia, destacou que a ação visa também conscientizar a população sobre o uso legal da água. “Estamos intensificando as fiscalizações para proteger um bem essencial e promover o uso responsável da água. A ligação clandestina compromete o abastecimento coletivo, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade”, pontuou.
De acordo com o chefe do setor, Caio Maciel, a prática ainda é recorrente e exige ações contínuas. “Essas ligações clandestinas impactam diretamente na pressão da rede e geram prejuízos tanto para a empresa quanto para os moradores que utilizam a água de forma regular”, afirmou.
Somente no mês de julho, mais de 600 vistorias foram realizadas em imóveis da cidade, com a desativação de mais de 250 ligações clandestinas. A meta da empresa é ampliar essas ações e estimular a regularização por parte dos usuários, conforme explicou o supervisor de equipe, Jeinei Vieira. “O intuito é corrigir a irregularidade em diferentes pontos da cidade, com foco na redução de perdas, na melhoria do fornecimento e na promoção de justiça no uso da água”, disse.
Vale destacar que o furto de água é crime contra o patrimônio, previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena que pode variar de um a quatro anos de prisão, além de multa. A população pode contribuir com o combate às fraudes fazendo denúncias anônimas pelos canais oficiais da empresa.