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Da Redação
A atuação da Força Penal Nacional (FPN) no Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, foi prorrogada por mais 30 dias. A decisão foi oficializada por meio de portaria assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e publicada nesta semana.
A presença da FPN na unidade prisional baiana faz parte da resposta do governo federal à emboscada ocorrida em 20 de maio, que tinha como alvo o diretor do presídio, Jorge Magno Alves Pinto. O gestor não estava no veículo no momento do ataque, mas o motorista foi atingido por disparos feitos por um grupo de cerca de 20 criminosos ligados a uma facção. Ele sobreviveu.
A unidade já havia sido palco de outro episódio crítico em dezembro de 2023, quando 16 detentos escaparam após uma invasão. Até o momento, 15 deles seguem foragidos.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap), a presença da FPN tem como objetivo reforçar os treinamentos para ações de segurança externa e rotinas administrativas, além de prevenir distúrbios internos e outras crises. A segunda fase da missão foca na padronização de procedimentos operacionais e no aperfeiçoamento da coordenação externa da unidade.
Coordenada pela Polícia Penal Federal e vinculada à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a FPN iniciou suas atividades no presídio de Eunápolis em 11 de junho. Os treinamentos são voltados tanto para policiais penais locais quanto para os integrantes do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop).
A tropa é formada por policiais penais federais e estaduais de diferentes estados do país, como Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará, Paraíba, Amapá, Roraima e Bahia. A operação na Bahia ocorre em cooperação com a Superintendência de Gestão Prisional (SGP), vinculada à Seap, conforme o convênio vigente.