País ainda tem 11,4 milhões que não sabem ler e escrever, diz IBGE

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 



A taxa de alfabetização seguiu em trajetória de alta no Brasil e alcançou 93% das pessoas de 15 anos ou mais em 2022, indicam novos dados do Censo Demográfico divulgados nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações são do jorna Folha de S. Paulo.

O indicador, que mostra o percentual de pessoas que sabiam ler e escrever pelo menos um bilhete simples, é o maior de uma série histórica com números desde 1940, quando o órgão de pesquisas realizou o seu primeiro recenseamento.

O reflexo da alfabetização em alta é o recuo do analfabetismo, cuja taxa caiu a 7% da população de 15 anos ou mais em 2022. Trata-se da menor proporção da série divulgada pelo IBGE.

Em termos absolutos, o percentual de 7% significa que, mesmo com a melhora, o Brasil ainda tinha 11,4 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabiam ler e escrever um bilhete simples em 2022. O total de habitantes nessa faixa etária foi de quase 163 milhões.

Para efeito de comparação, o contingente de analfabetos é similar à população inteira da cidade de São Paulo, também na faixa de 11,4 milhões.

No Censo de 1940, somente 44% da população de 15 anos ou mais –menos da metade– era alfabetizada no país. O percentual avançou nas décadas seguintes, chegando a 90,4% em 2010 e a 93% em 2022.

Em termos absolutos, a taxa mais recente significa que 151,5 milhões de pessoas de 15 anos ou mais sabiam ler e escrever.

Já a taxa de analfabetismo era de 56% no início dos registros do IBGE, em 1940, e recuou nas décadas seguintes, atingindo 9,6% em 2010 e 7% em 2022.
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