A atual estiagem registrada na Amazônia é a quarta deste século. A seca, considerada histórica, é impulsionada pelo fenômeno El Ninõ, que eleva as temperaturas do Oceano Pacífico e o aquecimento anormal das águas e tem contribuído com o atraso das chuvas na região, em conjunto com ações humanas como o desmatamento.
Os efeitos da nova seca vão permanecer na Floresta Amazônica por muito tempo. Segundo uma pesquisa da revista científica PNAS (The Proceedings of the National Academy of Sciences), as estiagem recorrentes aumentam os riscos de eventos em castata ao ultrapassam as capacidades adaptativas da florestas.
A Floresta Amazônica é responsável por reciclar a umidade que vem dos oceanos, produzindo até 50% das suas próprias chuvas. Com influência do El Niño, especialistas avaliam que rios da Bacia do Amazonas deverão ter uma subida tardia e lenta. A seca histórica na Amazônia ocorre dois anos após o Rio Negro registrar a maior cheia com 30,02 m.
Com os impactos nos rios, a seca tem ameaçado a navegabilidade, o transporte de cargas em Portos e a arrecadação de municípios.
A seca de 2023 é somada também às ações humanas como o desmatamento, o que ocasiona a alta de emissões de dióxido de carbono na floresta, principal causador do efeito estufa.