Após reinvindicações de prefeitos em evento da Saúde, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) garantiu, nesta sexta-feira (19), que o Estado acolherá todos os chefes municipais, independente de posição partidária. Em discurso, o gestor estadual enfatizou que o governo atuará como intermediador nas relações prioritárias entre os municípios e o Governo Federal.
“Nós vamos intermediar, sim. O que nós pudermos resolver por aqui, nós faremos. Os prefeitos não estão sozinhos e não estarão sozinhos”, disse Jerônimo.
Jerônimo aproveitou o seu tempo de fala para enaltecer o seu ‘guru’ na política, o senador Jaques Wagner (PT). Conforme o chefe do Palácio de Ondina, o congressista baiano foi responsável por disseminar a “política de atender a todos” e assegurou que o governo estadual está aberto e disposto para despachar com todas as siglas.
“Da mesma forma que o Lula, eu aprendi com o dono da chave, o Wagner. Ele quem abriu a porta, foi este senador que nos ensinou junto com Lula, a política de atender a todos. Nós já descemos do palanque, já descemos do comício. Nós não vamos deixar nenhum canto desse estado sem uma atenção, sem um tratamento. O que tiver de distribuir de orçamento, todos os municípios receberão. Nós não olharemos o partido, deixa o partido pra 2024”, afirmou o governador. “Agora é uma unidade em torno de temas tão difíceis para o povo baiano e o povo brasileiro”, emendou.
Jerônimo anunciou, nesta manhã (19), ao lado da ministra Nísia Trindade, novos investimentos para ampliação da rede de Saúde na Bahia. O anúncio aconteceu no auditório da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no Centro Administrativo, em Salvador.
Audiência entre Prefeitura de Salvador e Governo do Estado
Mesmo declarando que atenderá todos os municípios, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) segue sem definir a data da audiência com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que faz oposição a gestão petista no Estado. O encontro entre os políticos foi solicitado no mês de fevereiro e até o momento, ainda não tem previsão para ser realizado.
Em entrevista à imprensa, na última segunda-feira (15), o gestor da capital baiana afirmou que “não tem agonia” acerca da definição para reunião e a demora não impacta no funcionamento da cidade. “Ouvi ele falar recentemente aí na imprensa que, em breve, estaria marcando. Mas volto a dizer não tem ansiedade, não tem agonia, isso não compromete nada o funcionamento da cidade, isso não muda em nada o dia a dia da Prefeitura, a nossa rotina”, disse Reis.
A princípio, o governador havia declarado que a conversa entre eles seria marcada após o seu desembarque da China, no entanto, nesta sexta-feira (19), completa um mês do seu retorno à Bahia e o encontro continua cheio de incertezas.