Manuel Arantes
No maior clássico da fase de grupos da Copa do Catar, Espanha e Alemanha fizeram, neste domingo (27), um jogo de tirar o fôlego dos espectadores.
Focados na partida, os alemães nem de longe pareciam o time que sofreu o apagão na derrota por 2 a 1 para o Japão na estreia.
Já os espanhóis sabiam que não encontrariam as mesmas facilidades da vitória por 7 a 0 contra Costa Rica, até aqui a maior goleada da Copa.
A Espanha saiu na frente no começo do 2° tempo com uma jogada de Jordi Alba. O atleta do Barcelona fez uma partida impecável na lateral esquerda, com destaque para a assistência que resultou no gol de Morata.
Importante observar que a Espanha é mais canhota do que destra porque o lateral direito Carvajal é muito defensivo, indo raríssimas vezes ao ataque. Em compensação, os bons meias Dani Olmo e Sergio Busquets são destros inteligentes, cheios de recursos.
Pela lado alemão, destaco as forças física e mental de jogadores como Rüdiger e Sané, verdadeiros craques.
O placar do jogo foi magro porque do lado alemão Manuel Neuer estava no gol. E do lado espanhol o goleiro Unai Simón. Dois verdadeiros paredões.
Só um artilheiro nato como Füllkrug para garantir o empate alemão e manter vivas as esperanças de classificação da sua seleção, que está na lanterna do grupo E.
A Espanha lidera o grupo E com 4 pontos e encara o Japão na próxima rodada. Se não bobear, deve avançar em 1° lugar.
Já a Alemanha, só garante sua vaga se vencer a Costa Rica e evitar talvez o maior vexame da Copa do Catar.
Manuel Arantes é cronista esportivo desde 1958.