Foto: José Cruz/Agência BrasilAs vacinas contra Covid foram desenvolvidas, testadas em milhares de pessoas e aprovadas em um momento em que a forma do coronavírus circulante era a ancestral ou então cepas de menor preocupação. A chegada de variantes mais transmissíveis e com escape vacinal, como a ômicron, mostrou que uma terceira dose em adultos é necessária para manter a proteção contra a doença e as suas formas mais graves.
A vacina da Pfizer contra Covid para crianças com cinco anos ou mais, com formulação diferente daquela para o público mais velho, foi aprovada e passou a ser utilizada nos EUA e em outros países no final de 2021. Já para os adolescentes de 12 a 17 anos, o imunizante do laboratório americano tem a mesma dosagem do que o para adultos.
Os resultados de estudos controlados e randomizados de fase 3 da farmacêutica apontaram uma eficácia de 100% da vacina nos adolescentes, e de 90,7% em crianças de 5 a 11 anos. No Chile, bem como no Brasil, a Coronavac também foi aprovada para crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos, no caso brasileiro, e para aqueles com 3 anos ou mais, no país vizinho.
Dados da efetividade (ou seja, da eficácia na vida real) dessas vacinas começam agora a surgir, principalmente no contexto da variante ômicron.
Segundo um estudo de pesquisadores chilenos publicado em 22 de fevereiro, a Coronavac induziu uma boa resposta imune tanto de anticorpos quanto de células de memória em indivíduos de 3 a 17 anos que receberam uma ou duas doses da vacina até 31 de dezembro, ainda no início de circulação da ômicron.
Os efeitos colaterais mais comuns da vacina foram dor no local da aplicação e dor de cabeça, registrados em maior número pelos adolescentes do que nas crianças, indicando uma boa segurança nos mais novos. Mesmo com uma queda na capacidade de proteção frente à ômicron, a resposta de anticorpos gerada quatro semanas após a segunda dose foi maior do que a observada em adultos. Leia mais...