TRF-1 mantém prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, detido na Operação Compliance Zero



Foto: Reprodução/YouTube


Da redação

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu manter a prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, detido na Operação Compliance Zero, da Polícia Federal. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (20) pela desembargadora Solange Salgado da Silva, que negou pedido de liminar apresentado pela defesa para libertá-lo.

Vorcaro e outros seis executivos da instituição financeira foram presos sob suspeita de envolvimento em um esquema de fraude na venda de títulos ao Banco de Brasília (BRB). Segundo as investigações, o Banco Master comercializava créditos falsos e emitia CDBs com promessa de retorno até 40% superior à taxa básica de juros — percentuais considerados incompatíveis com a realidade do mercado. O esquema pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões.

A prisão ocorreu horas após o anúncio de que um consórcio liderado pela Fictor Holding Financeira havia fechado acordo para comprar o Banco Master. A negociação, no entanto, foi suspensa automaticamente após o Banco Central decretar, na terça-feira (18), a liquidação extrajudicial da instituição e determinar a indisponibilidade dos bens de seus controladores e ex-administradores.

No pedido de soltura, a defesa sustentou que a prisão preventiva não é mais necessária, já que o banco foi liquidado e Vorcaro está proibido pela Justiça de atuar na administração de instituições financeiras. Os advogados afirmaram ainda que o empresário tinha viagem marcada para Dubai, onde participaria de reunião com possíveis investidores, e que anexaram ao processo o comprovante da rota de voo — usado para contestar o argumento de risco de fuga. Também destacaram que o banqueiro tem esposa e filho no Brasil.

Além do pedido de liminar negado, um habeas corpus apresentado pela defesa ainda aguarda análise no TRF-1. Na quarta-feira (19), a Justiça Federal de Brasília determinou que todos os presos na operação permaneçam na carceragem da Superintendência da Polícia Federal na Lapa, em São Paulo, onde estão custodiados pelo menos sete executivos ligados ao Banco Master.
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