
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), conhecido como Motta, anunciou nesta segunda-feira (12) que o plano de combate às ameaças de sobretaxas do governo Trump contra produtos brasileiros será tratado como prioridade absoluta no Congresso. Em reunião de emergência com ministros de Lula, o parlamentar definiu estratégias para responder ao que chamou de "pior ataque comercial dos EUA desde os anos 1930".
"Trump quer impor 20% de tarifas sobre nossas exportações? Nossa resposta será rápida, firme e inteligente", declarou Motta a jornalistas, citando três eixos de ação imediata:
•Aceleração do projeto que diversifica mercados para soja e minério de ferro
•Linhas de crédito emergencial para indústrias de aço e suco de laranja
•Retaliações seletivas contra produtos agrícolas de estados republicanos
A medida surge após declarações do ex-presidente americano em comício na Flórida, onde prometeu "acabar com a vantagem comercial do Brasil" caso eleito. Setores estratégicos brasileiros temem prejuízos de US$ 10 bilhões, com risco de demissões em massa no agronegócio do Centro-Oeste.
O ministro Geraldo Alckmin (Indústria) revelou que a articulação política já envolve governadores tucanos: "Temos unidade nacional nesta crise. Até Tarcísio de Freitas apoia a reação". Paralelamente, o Itamaraty ativa parcerias com China e União Europeia para absorver parte da produção ameaçada, enquanto bancadas ruralistas pressionam por subsídios federais.
Para Motta, a batalha transcende a economia: "É uma prova de fogo para nossa soberania. Ou nos curvamos ao bullying de Trump, ou mostramos que o Brasil do governo Lula não aceita ser colônia de ninguém". A primeira votação do pacote de medidas ocorre na quarta-feira (14), com expectativa de aprovação relâmpago