Corte nos EUA para vacinas de mRNA preocupa comunidade científica



Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil


Da Redação

A decisão do governo dos Estados Unidos de encerrar o financiamento a vacinas de RNA mensageiro (mRNA) provocou forte reação na comunidade científica e gerou preocupação entre pesquisadores de áreas como infectologia e oncologia. O anúncio, feito pela gestão de Donald Trump, prevê a mudança de foco para vacinas de vírus inativado — tecnologia mais antiga, considerada ultrapassada por muitos especialistas. As informações são do G1.

Segundo cientistas, a medida pode atrasar ou interromper dezenas de pesquisas promissoras contra doenças como câncer, HIV, Zika e o vírus sincicial respiratório, além de comprometer a preparação global para futuras pandemias.

As vacinas de vírus inativado, produzidas a partir do vírus cultivado e posteriormente neutralizado por processos químicos ou físicos, são mais baratas e fáceis de armazenar. No entanto, geram resposta imunológica mais fraca e exigem reforços frequentes.

Já os imunizantes de mRNA utilizam sequências genéticas que instruem o organismo a produzir proteínas semelhantes às do patógeno, ativando a resposta imunológica sem risco de infecção. “É como entregar ao corpo um bilhete com a receita de como combater o inimigo”, explicou a infectologista Luana Araújo.

Durante a pandemia de covid-19, vacinas de mRNA, como as da Pfizer e Moderna, foram decisivas no controle da crise sanitária, permitindo produção rápida, alta eficácia e redução de hospitalizações e mortes. Mesmo assim, Trump mantém questionamentos sobre sua segurança, o que especialistas apontam como reflexo de uma agenda política alinhada ao movimento antivacina, sem respaldo em evidências científicas.
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