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Da Redação
O guia indonésio Ali Musthofa negou ter abandonado a brasileira Juliana Marins durante trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. Segundo o jornal O Globo, ele afirmou que orientou a publicitária a descansar, seguiu adiante por poucos minutos e retornou ao perceber sua ausência. Ao voltar, notou uma lanterna em um barranco e percebeu que Juliana havia caído.
“Eu não a deixei. Esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 a 30 minutos, como ela não apareceu, voltei ao ponto de descanso. Vi a luz de uma lanterna e percebi que ela havia caído”, relatou.
Juliana, 26, caiu cerca de 300 metros em um penhasco durante o segundo dia da trilha, considerada uma das mais desafiadoras do país. Ela foi localizada no sábado (22), por volta das 17h10 (horário de Brasília), por turistas com auxílio de drone, mas só foi visualizada oficialmente pelas equipes de resgate na manhã de segunda (23), presa em uma área rochosa a cerca de 500 metros de profundidade e imóvel.
Desde então, as tentativas de resgate enfrentam condições adversas, como neblina densa, vento forte e topografia irregular. O terreno impede a fixação segura de cordas e exige escalada técnica. A operação mobiliza equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia, do Parque Nacional do Monte Rinjani e conta com o apoio da embaixada brasileira.
A família da jovem cobra mais agilidade nas ações. “Ela está há três dias sem comida, água ou agasalho. Avançaram apenas 250 metros. Faltam 350. Precisamos que cheguem até ela com urgência”, afirmou Mariana Marins, irmã de Juliana, nas redes sociais.
Uma reunião com autoridades locais discute o uso de helicóptero equipado com sistema de içamento, desde que as condições climáticas permitam. O resgate está dentro do chamado “tempo dourado” — janela de 72 horas considerada crítica em salvamentos em áreas selvagens.