
Foto: Reprodução/ Instituto Ampara Animal
Da Redação
A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalos, conhecido como Jorginho, no Pantanal, em abril deste ano, será mantida em cativeiro definitivo no estado de São Paulo. O animal, um macho de cerca de nove anos, foi transferido nesta semana para o Instituto Ampara Animal, na região metropolitana, após passar por reabilitação inicial em Campo Grande (MS).
Capturada cerca de 24 dias após o ataque, a onça estava sob os cuidados do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e chegou ao novo destino em boas condições clínicas. Segundo o médico-veterinário Jorge Salomão, responsável técnico do local, o felino “já está recebendo todos os cuidados necessários para esse momento delicado de adaptação”.
O espaço onde viverá o animal será ampliado e contará com área aquática, em uma tentativa de reproduzir aspectos do habitat original no Pantanal, onde há forte presença de ambientes alagados e comportamento de nado entre os grandes felinos. O recinto será fechado à visitação pública e voltado exclusivamente ao bem-estar do animal.
“Ainda que o cativeiro nunca seja a condição ideal para um animal silvestre, reconhecemos que, neste caso específico, essa é a melhor alternativa”, afirmou Juliana Camargo, fundadora e presidente do Instituto Ampara Animal.
A decisão de transferir a onça partiu de órgãos ambientais responsáveis, que avaliaram que o retorno do animal à natureza não seria viável. Quando chegou ao CRAS, o felino apresentava sinais de anemia e baixo peso. Desde então, ganhou 13 quilos e passou por uma série de exames clínicos e laboratoriais, apresentando melhora no quadro geral.
No Ampara, o animal se juntará a outras oito onças – cinco pintadas e três pardas – que vivem no local após sofrerem impactos provocados por ações humanas e sem possibilidade de reintrodução na natureza.