Ao lado do ministro Alexandre Padilha, o vice-prefeito de Ilhéus e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), Bebeto Galvão, participou de uma reunião para oitiva dos diretores do Banco Mundial, a fim de discutir estratégias e eixos das ações propostas pela instituição para investimentos no Brasil. O encontro aconteceu na tarde da última terça-feira (23), no Palácio do Planalto.
Coordenada pela Secretaria de Relações Institucionais, a reunião faz parte da agenda propositiva elaborada pelo governo federal. Na ocasião, os executivos do Banco Mundial apresentaram estratégias e os desafios no que tange ao desenvolvimento econômico, social e político da nação.
“A atuação do Banco Mundial será focada em atividades que contribuam para alcançar resultados em nível macro, por meio de três eixos articulados: maior produtividade e geração de emprego, maior inclusão da população pobre sem acesso a serviços públicos e economia verde. Para cada eixo serão definidos objetivos específicos, indicadores e metas. A nova missão é erradicar a extrema pobreza e aumentar a prosperidade compartilhada em um planeta habitável”, explicou Bebeto.
O conselheiro acrescentou que a análise leva em consideração os fatores sociopolíticos e institucionais, bem como os desdobramentos econômicos recentes e perspectivas de crescimento dos principais pilares. “São questões fundamentais que, segundo o grupo, elevarão o Brasil à maior renda média da América Latina e do Caribe”.
Dentro dessa abordagem, Bebeto foi enfático ao afirmar que o projeto de desenvolvimento econômico e social sustentável para o país deve ser debatido no contexto estrutural.
“Não é possível falar em redução de desigualdade sem considerar o fator fulcral, que é exatamente combater o racismo e as suas múltiplas dimensões. Superar isso é fazer investimentos em ações afirmativas. Hoje, cerca de 20 milhões de pessoas residem nas favelas brasileiras. Portanto, para falar de superação da pobreza e da miséria é crucial falar sobre educação na idade certa e apoiar iniciativas que fortalecem a economia nas periferias, porque nas comunidades periféricas giram em torno de R$ 200 bilhões por ano, contudo falta saúde e serviços básicos. Então, o Banco Mundial precisa compreender que esses recursos também devem dar acesso à população negra ao mercado de trabalho e garantir condições dignas de vida para que possamos inverter a lógica da pirâmide”, frisou.
Bebeto finalizou o discurso ressaltando a importância das operações financeiras junto ao Banco Mundial para fomentar projetos com foco na gestão fiscal e desenvolvimento sustentável das diversas áreas do governo, iniciativa privada e organizações não governamentais.