PT e PL avaliam que cassação de Moro pode acontecer no Paraná, antes de chegar ao TSE





Autores dos pedidos de cassação de Sergio Moro por abuso de poder econômico no pleito de 2022, PT e PL atualizaram suas projeções e agora avaliam que o processo poderá ser concluído – desfavoravelmente ao senador – já no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.

Conforme Lauro Jardim em sua coluna no O Globo, se antes eles temiam que um eventual corporativismo do Ministério Público e do Judiciário paranaense a respeito do ex-juiz federal, depois dos depoimentos e do parecer da promotora contra Moro, as siglas acreditam na derrota dele no próprio estado, antes mesmo do caso chegar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo a coluna, a mudança na percepção dos partidos se deve principalmente à atuação do relator Luciano Carrasco Falavinha, quem ao chegar ao caso, fez questão de ouvir Sergio Moro mesmo depois do PT e do PL “ensaiarem” desistir da oitiva.

Além disso, Falavinha questionou com firmeza o valor cobrado pelo suplente, Luis Felipe Cunha, para trabalhar como advogado de Moro e de outros filiados do União Brasil, ao apontar que ele supera cifras cobradas na advocacia por ministros aposentados do Supremo.



De acordo com a publicação, o fato de Marcelo Godoy, chefe do MP Eleitoral desde novembro e por Eloísa Machado, substituta do órgão, assinarem parecer contrário ao senador também gerou otimismo por parte das siglas.

A previsão é que o julgamento no TRE ocorra após o recesso do Judiciário, na segunda quinzena de janeiro, e que até o segundo semestre de 2024 sejam esgotados os recursos em Brasília. O cálculo, segundo a coluna, leva em consideração a tramitação da cassação da juíza Selma Arruda, em 2019, pelo mesmo abuso de poder econômico de que Moro é acusado.
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