A Polícia Federal investida uma quadrilha de Goiás que agia comprando CNPJ de farmácias que eram credenciadas ao programa Farmácia Popular e desvio cerca de R$10 milhões dos cofres públicos com lançamentos de compras fantasmas de remédios. Segundo a Controladoria Geral da União, o esquema, que opera em todo o país, desviou cerca de R$2,6 bilhões dos cofres públicos.
Segundo reportagem publicada pela rede Globo no último domingo (15), consumidores descobriram que tinham seus nomes e CPF's associados a compras de medicamentos que nunca utilizaram em locais que nunca sequer pisaram. A descoberta aconteceu com a utilização do app ConecteSUS, que, entre outras funções, é conhecido por armazenar os comprovantes de vacinação contra o coronavírus.
Ao acessar a aba de medicamentos no app, as pessoas se deparavam com a retirada de remédios, mas a verdade é que a pessoa nunca pegou nem solicitou nada. Um dos entrevistados mora em São Paulo e tinha registro de retirada de remédios em Sidrolândia, no Mato Grosso, mais de 1000 km distante. A quantidade de retiradas impressionava: 800 unidades de uma medicação, mais 420 de outra.
O Programa Farmácia Popular oferece remédio para diversas doenças, como hipertensão, diabetes, asma e colesterol alto.
O Ministério da Saúde diz que a orientação para quem descobriu que teve o nome usado em retiradas irregulares de remédios é procurar a ouvidoria do Sistema Único de Saúde. Quanto à existência de farmácias fantasmas e à demora na realização de fiscalizações, o diretor do Denasus reconheceu os problemas e prometeu mudanças
BN