Forças Armadas da Venezuela dizem estar prontas para defesa contra agressões





O ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, afirmou hoje que as Forças Armadas da Venezuela estão "mais do que preparadas" para defender o país de eventuais agressões de Washington, que acusa de tentar provocar uma mudança de regime.





"Tenho ao meu redor umas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas refundadas em seus valores, princípios e caráter humanista. Forças Armadas independentistas, com espírito de liberdade e identidade nacional como nunca antes, e hoje mais coesas do que nunca, unidas ao povo, unidas como jamais visto na história da Venezuela", disse.


Vladimir Padrino López falou durante o evento "Sábado Comunal Militar Natalício", transmitido pela televisão estatal venezuelana, no qual lembrou que há 27 anos o falecido líder socialista Hugo Chávez foi eleito presidente da Venezuela.

"E [tenho ao meu lado] umas Forças Armadas cada vez mais profissionais, mais populares e mais preparadas para dar uma resposta contundente a quem ousar agredir o espírito nacional, a integridade da pátria, nosso gentílico", ressaltou.

As declarações do ministro da Defesa venezuelano acontecem após o ministro do Interior e Justiça, Diosdado Cabello, afirmar hoje que a Venezuela "está em revolução pacífica, mas não em revolução desarmada", assegurando que o país é capaz de "uma resistência ativa prolongada".

A Venezuela juramentou hoje cerca de 1.000 militares, com idades entre 18 e 22 anos, para "enfrentar qualquer circunstância" em meio às crescentes tensões com os Estados Unidos, país que enviou navios de guerra, aviões de combate e militares para combater o narcotráfico nas águas do Caribe.

Washington acusa o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de ser líder do Cartel de Los Soles e ofereceu uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levem à sua detenção, mas Caracas nega ter vínculos com o narcotráfico.

No dia 21 de novembro, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos alertou as companhias aéreas a terem "extrema cautela" ao sobrevoar a Venezuela e o sul do Caribe.

Como consequência, várias companhias aéreas internacionais, entre elas a TAP, cancelaram seus voos na região, e o Ministério dos Transportes da Venezuela e o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) revogaram a concessão de voos de várias delas — decisão que afetou a companhia aérea portuguesa, a Iberia, a Avianca, a Latam Colômbia, a Turkish Airlines e a Gol, que Caracas acusou de "aderirem às ações de terrorismo" promovidas pelos Estados Unidos.

Mais tarde, a concessão também foi revogada para a Air Europa e a Plus Ultra.

Desde setembro, várias companhias aéreas têm denunciado interferências nos sinais de posicionamento global por satélite durante voos para a Venezuela.
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