
247 – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que a decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de lançar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à presidência em 2026 representa um “xeque-mate” dentro da própria direita. A declaração, feita por Eduardo em suas redes sociais, reforça a leitura de que o clã Bolsonaro encerra qualquer espaço para projetos alternativos, como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segundo o portal Metrópoles, que antecipou a movimentação na coluna de Paulo Cappeli, a escolha por Flávio foi consolidada após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro por violar a tornozeleira eletrônica. A decisão frustrou aliados que defendiam uma alternativa mais pragmática e distante das tensões políticas que cercam o bolsonarismo.
Eduardo vê “recado” contra quem defendia nomes fora do clã
Auto-exilado nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro, que também se colocava como possível postulante, declarou que a escolha de Flávio atinge diretamente setores da direita que insistiam em candidaturas fora da família. Para ele, a movimentação é “um baita de um recado” aos “eventuais candidatos do sistema” e às “pessoas que pouco se importam com censura, com anistia, com prisão política”.
Em sua publicação, Eduardo atacou os que, segundo ele, tentam minar o projeto familiar. “Aqueles mesmos que não gostam de Jair Bolsonaro, agora atacam o Flávio Bolsonaro. Por quê? Porque tem esperança de que o Flávio caia e alguma daquelas pessoas que pouco se importam com censura, com anistia, com prisão política, possa tocar o Brasil bem, principalmente na parte que interessa a estes que agora nos atacam”, afirmou.
Flávio como herdeiro direto de Jair Bolsonaro
Eduardo reforçou que Flávio “representa exatamente tudo que Bolsonaro representa” e afirmou que não vê outra alternativa a não ser eleger o irmão para o Palácio do Planalto em 2026. A escolha marca, para o deputado, uma linha clara entre o projeto bolsonarista e outros nomes da direita que tentavam se firmar para a sucessão presidencial.
“Qualquer eventual mudança nesse tabuleiro eleitoral significa uma vitória para todos aqueles que, junto com a esquerda, acham que o futuro pertence à censura, à prisão política e tudo isso daí é pauta secundária”, disse o parlamentar.
Ao tratar a disputa interna como uma batalha estratégica, Eduardo Bolsonaro sinaliza o possível fim do espaço para o projeto Tarcísio e reforça que a eleição de 2026 será conduzida como continuidade direta do projeto político do pai, agora personificado na figura de Flávio Bolsonaro.