
Foto: Raull Santiago/Arquivo Pessoal
Da Redação
Subiu para cinco o número de traficantes baianos mortos na megaoperação realizada no Rio de Janeiro. Além de Júlio Souza, que atuava em Salvador, outros quatro criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV) em Feira de Santana também morreram durante a ação.
A informação foi confirmada pelo delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) de Feira de Santana. Segundo ele, entre os mortos está o traficante conhecido como “FB”, apontado como chefe do CV no município.
Veja quem são os mortos:
FB – Principal liderança do Comando Vermelho em Feira de Santana. Tinha passagem pela polícia por homicídio registrado em 2024.
DG (Diogo Garcez Santos Silva) – Conhecido como uma das “cabeças caras” da facção, ao lado de FB. Exercia influência direta sobre a criminalidade no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. Possuía ocorrências por associação para o tráfico (2023) e porte ilegal de arma de fogo.
Esquilo – Suspeito de envolvimento em tráfico de drogas e homicídios.
Mazola (Dani ou Mazola) – Natural de Feira de Santana, tinha histórico policial por posse irregular de arma de fogo, uso de documento falso e porte de entorpecentes.
Possível toque de recolher
Com a morte do chefe da facção e de outros integrantes de Feira de Santana, moradores relataram nas redes sociais a existência de um toque de recolher supostamente determinado por comparsas, como forma de “protesto” pelas mortes.
“Toque de recolher aqui no bairro porque mataram gente daqui de Feira na operação do Rio de Janeiro. Os caras estão revoltadíssimos”, escreveu um morador nas redes sociais.
Até o momento, a informação não foi confirmada oficialmente pelas autoridades de segurança.
Megaoperação no Rio
De acordo com levantamentos iniciais, pelo menos 18 baianos foram identificados entre mortos e feridos na megaoperação realizada no Complexo da Penha e no Complexo do Alemão.
No total, 121 pessoas morreram na ação, que teve como objetivo desarticular o Comando Vermelho nas principais comunidades controladas pela facção. A operação é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro.