
Foto: Biodiesel Brasil/Divulgação
Da redação
A terceira morte causada pela ingestão de bebida alcoólica adulterada com metanol foi confirmada nesta segunda-feira (29) em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. A vítima é um homem de 45 anos. Outros dois óbitos semelhantes foram registrados no estado em setembro.
Casos como esse também marcaram a história recente da Bahia, onde mais de 60 pessoas morreram e outras 450 precisaram de internação ao longo dos últimos anos em decorrência de intoxicações, segundo reportagem do Correio.
Ainda de acordo com o Correio, o episódio mais grave ocorreu em 1999, quando ao menos 35 pessoas morreram e cerca de 400 apresentaram sintomas de envenenamento após consumir uma cachaça artesanal na região sudoeste do estado. As intoxicações foram registradas em cidades como Nova Canaã, Dário Meira, Ibicuí, Poções e Itiruçu.
Laudos do Departamento de Polícia Técnica apontaram, na época, que sete amostras da bebida tinham entre 2,85 ml e 20 ml de metanol a cada 100 ml de álcool — índice muito acima do limite aceitável, de 0,25 ml. O então secretário de Saúde da Bahia, José Maria de Magalhães, afirmou que a contaminação não ocorreu de forma acidental, mas por “intenção criminosa de lucro” dos fabricantes.
Antes disso, em 1990, 14 pessoas morreram em Santo Amaro após consumir cachaça contaminada. O comerciante responsável pela distribuição, Edvaldo Gomes Sales, se entregou à polícia, mas disse desconhecer a toxicidade do produto.
Outro caso grave foi registrado em 1997, quando 13 pessoas morreram em Lamarão e Serrinha. Segundo laudo do Ministério da Agricultura, a bebida ingerida pelas vítimas continha 68 vezes mais metanol do que o limite suportado pelo organismo humano.