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Da Redação
Em pronunciamento veiculado nacionalmente na véspera do 7 de Setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a soberania do Brasil e fez críticas indiretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O discurso ocorre em meio ao julgamento de Bolsonaro e à escalada de tensão diplomática com Washington.
“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, afirmou Lula, acrescentando que o Brasil mantém relações amistosas com todos os países, mas não aceita ordens externas. “O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro.”
O presidente também fez referência às negociações de Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com o governo Trump, que teriam envolvido discussões sobre anistia ao ex-presidente em processos judiciais.
“É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A história não os perdoará”, disse.
Lula reforçou ainda que não interfere em decisões da Justiça:
“Zelamos pelo cumprimento da nossa Constituição, que estabelece a independência entre os Três Poderes. Isso significa que o presidente do Brasil não pode interferir nas decisões da justiça brasileira, ao contrário do que querem impor ao nosso país.”
Entre os temas abordados no pronunciamento de cerca de cinco minutos e meio, transmitido a partir das 20h30, estiveram a defesa do Pix, alvo de críticas do governo Trump, o projeto de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5.000, e a regulamentação das big techs. Sobre essas empresas, Lula afirmou:
“As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discurso de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres.”