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Da Redação
Um estudo de pesquisadores da Universidade de Boston, publicado em julho na revista científica The Lancet Microbe, revelou o caso de um homem que permaneceu infectado com o coronavírus por 776 dias consecutivos. Trata-se do período mais longo de infecção contínua já registrado.
O paciente, de 41 anos, foi diagnosticado em setembro de 2020, cerca de quatro meses após o início dos primeiros sintomas, que incluíam tosse persistente, dor de cabeça e fadiga. Mesmo com o tratamento iniciado após o agravamento do quadro respiratório, nunca houve recuperação total. Ao longo de mais de dois anos, os médicos observaram apenas oscilações na intensidade dos sintomas.
Segundo os especialistas, a persistência da infecção se deveu ao sistema imunológico comprometido do paciente, que convivia com HIV em estágio avançado e não recebia tratamento regular. Essa condição permitiu que o vírus permanecesse ativo por tanto tempo, mesmo diante do uso de antivirais.
Durante o acompanhamento, os médicos identificaram 68 mutações no vírus, algumas semelhantes às encontradas em variantes que surgiram posteriormente no mundo. A infecção só chegou ao fim com a morte do paciente.