A 15ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Ibicaraí aconteceu na noite de quarta-feira, 16 de julho, e foi marcada pela leitura do Ofício nº 386/2025, do Ministério Público Federal/Procuradoria da República (Polo Ilhéus), referente ao processo nº 000441395/2013/4013311, que determinou o afastamento da prefeita Monalisa Gonçalves Tavares do cargo de chefe do Executivo municipal.
A sessão contou com a presença dos onze vereadores: Francisco Henrique (presidente), Alam Rogério (1º secretário), Demétrio Castro (2º secretário), Herbert Santana (vice-presidente), Edivaldo dos Santos, Guilherme Cardoso, Leonardo Alves, Rozenildo Malaquias, Clícia dos Santos Nascimento, Valdinei Oliveira e Alisson Carvalho, além da imprensa local e de representantes da sociedade civil organizada.
Os trabalhos foram iniciados com a verificação de quórum pelo 1º secretário, Alam Rogério. Em seguida, o presidente Francisco Henrique solicitou ao vereador Rozenildo Malaquias a leitura de uma passagem bíblica. Na sequência, o diretor legislativo Moisés Messias fez a leitura do resumo da ata da sessão anterior, que foi aprovada por unanimidade.
O Expediente do Dia teve início com a leitura do Decreto Legislativo nº 01/2025, de 16 de julho de 2025, que declarou a vacância do cargo de prefeita de Ibicaraí.
O decreto foi assinado pelo presidente da Casa, Francisco Henrique, no uso de suas atribuições legais e regimentais, com base no artigo 15, inciso V, da Constituição Federal, nos artigos 28, 29 e 30 da Lei Orgânica Municipal e nos artigos 32, inciso IX, 83, 84 e 85 do Regimento Interno da Câmara.
O documento considerou o Ofício nº 386/2025, do Ministério Público Federal/Procuradoria da República (Polo Ilhéus), que comunicou a condenação, com trânsito em julgado, da prefeita Monalisa Gonçalves Tavares à perda dos direitos políticos por cinco anos, no âmbito do processo nº 000441395/2013/4013311, por improbidade administrativa, o que resultou na extinção imediata de seu mandato.
Na sequência, o presidente Francisco Henrique dispensou o Pequeno Expediente e deu início ao Grande Expediente, abrindo espaço para o uso da tribuna popular pelos vereadores, com tempo de até 10 minutos cada.
O vereador Ney Campos saudou os presentes e agradeceu o apoio recebido. Destacou que esse momento ficará marcado e manchado na história política de Ibicaraí. Falou ainda da insegurança enfrentada pela população e fez um discurso emocionado sobre honra e fidelidade aos próprios princípios.
A vereadora Clícia Guerreira também saudou os presentes. Afirmou que acredita que eleição precisa ser ganha nas urnas (com voto) e se disse entristecida com a decisão judicial. Relatou a angústia vivida pelos servidores municipais e pela população diante da incerteza. Finalizou externando sua decepção com a cassação do mandato de Monalisa Tavares.
O vereador Guilherme Cardoso cumprimentou o público e falou da sensação de dever cumprido. Destacou sua participação nas pré-conferências de Saúde e elogiou o trabalho da prefeita Monalisa à frente da administração municipal. Ressaltou que acredita que a população está do lado dela. Mencionou ainda o curso de capacitação profissional para cerca de 500 jovens e afirmou estar tranquilo por estar “do lado certo: o lado da verdade e do povo”.
O presidente da Câmara, Francisco Henrique, foi breve e explicou ao público que a cassação dos direitos políticos da prefeita Monalisa Gonçalves Tavares e seu consequente afastamento não partiram da Câmara de Vereadores, mas sim de uma determinação do Ministério Público Federal/Procuradoria da República (Polo Ilhéus), cabendo à Casa apenas cumprir a decisão judicial.
Não havendo mais assuntos em pauta, o presidente encerrou a sessão e convidou todos para a sessão solene que acontecerá nesta quinta-feira, 17 de julho de 2025, às 9h, para a posse do novo prefeito de Ibicaraí, o ex-vereador e atual vice-prefeito Jonathas Soares Silva.
Texto e fotos: Ascom Câmara de Vereadores de Ibicaraí
Data: 17.07.2025