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Da Redação
Entre 1988 e 2023, a Bahia se destacou no Mapa de Chacinas do Norte e Nordeste, com 104 casos documentados, sendo 46 em Salvador .
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Uma pesquisa, realizada pela Rede Liberdade e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), revelou que as chacinas nessas duas regiões resultaram em mais de 2 mil mortes.
O Ceará (75 casos) e o Pará (69) vêm em seguida. A maioria das chacinas ocorreu em áreas rurais (45,4%), seguidas de zonas urbanas (38,4%).
O estudo surgiu da falta de dados específicos para o Norte e Nordeste e aponta que a violência na Bahia é alimentada por dinâmicas de crime organizado e uma atuação estatal violadora, afetando principalmente situações periféricas e vulneráveis.
A pesquisa também indicou que, embora não haja um perfil racial claro, comunidades negras, quilombolas e indígenas são mais impactadas.
O levantamento foi realizado com base em reportagens, devido à falta de dados sistematizados. O ano de 2015 registrou o maior número de chacinas, enquanto 2017 teve o maior número de mortes (384).
Para o historiador especialista em Segurança Pública Dudu Ribeiro em entrevista ao G1, as chacinas refletem uma lógica de guerra interna, com um policiamento violento direcionado à população negra e periférica, alimentado pela “guerra às drogas” e por políticas de segurança pautadas na violência.