Embaixadora diz que EUA vão comprar minérios críticos do Brasil

 

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Da Redação

A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, disse nesta quarta-feira (15) em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que os EUA pretendem comprar minerais críticos do Brasil. A embaixadora afirmou que na cúpula do G20, em novembro, serão anunciados investimentos para a área de minérios do País.

O SGB (Serviço Geológico do Brasil) classifica como minerais críticos aqueles cujo suprimento é considerado vital para o desenvolvimento econômico e tecnológico de um país, mas que enfrentam riscos significativos de escassez. Esses minérios fazem parte da construção de equipamentos tecnológicos, como semicondutores, smartphones, painéis solares e carros elétricos.

São exemplos de minerais críticos: Lítio; Níquel; Cobalto; Neodímio; Disprósio; Nióbio; e Grafite.

De acordo com Elizabeth Bagley, essa negociação ocorre devido à política externa dos EUA, com o nome de “nearshoring”, de utilizar fornecedores de países aliados e próximos geograficamente.

Nos últimos anos, os Estados Unidos têm investido em indústrias domésticas de semicondutores na tentativa de se tornarem menos dependentes da produção chinesa.

Em 2022, os EUA anunciaram um plano de investir US$ 50 bilhões na indústria de tecnologia. Em 2023, eles anunciaram restrições de investimento norte-americano em empresas de tecnologia da China. A embaixadora, no entanto, não considera o Brasil um “candidato para investimentos” em semicondutores.

Na terça-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o aumento dos impostos sobre produtos chineses. As novas tarifas são: carros elétricos 100%, baterias de íon de lítio 25%, painéis solares 50%, aço e alumínio 25% e semicondutores 50%. Os minérios considerados críticos são essenciais para a produção destes produtos.
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