Ministério Público denuncia assassinos da cantora gospel Sara Mariano




O Ministério Público da Bahia apresentou denúncia contra quatro homens pelo assassinato da cantora gospel Sara Mariano, de 35 anos. Entre os envolvidos está Ederlan Santos Mariano, marido da pastora assassinada. O recurso foi apresentado pelo MP nessa quarta-feira (20).

O crime tinha como objetivo se apoderar da imagem pública da cantora, fazendo uso de toda a estrutura montada em torno dela, a fim de lançar a carreira de cantor de um dos suspeitos. Os criminosos estão sendo acusados de feminicídio cometido por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver e associação criminosa.

Em 24 de outubro, Sara Mariada foi dada como desaparecida. No mesmo dia, a pastora foi morta e teve seu corpo carbonizado às margens da rodovia BA-093, em Dias D’Ávila, na Bahia. Com o parecer favóravel do Ministério Público, a Polícia Civil realizou a prisão preventiva de Ederlan Santos Mariano, de 38 anos, o marido da vítima; e Weslen Pablo Correia de Jesus, de 31, mais conhecido como Bispo Zadoque.

O motorista de aplicativo Gideão Duarte de Lima, de 30 anos, que teria conduzido a vítima, de carro, no dia do crime; e Victor Gabriel Oliveira Neves, já estavam presos de forma preventiva.

Marido foi o mentor do crime – O crime cometido por Zadoque, Victor e Gideão a mando de Ederlan, tinha como objetivo de “se apoderar da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela, para lançar a carreira de Victor, com o que todos lucrariam futuramente”, segundo a denúncia. A suspeita inicial era de que o feminicídio teria sido motivado por ciúmes.



Ainda de acordo com a denúncia do MP, Ederlan seria o principal interessado na morte de sua esposa, “tendo planejado e controlado as ações dos demais denunciados”.

As investigações revelaram que o marido da pastora havia pago R$ 2 mil para Zadoque, Victor e Gideão, mais R$ 15 mil, quando as economias de Sara fossem encontradas. Havia também uma promessa de recompensa, “que seria o sucesso e fama artística, pois os denunciados eram pregadores, produtores, cantores e músicos com intensa penetração nas redes sociais”.
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