A frase “a política adora traição, mas abomina o traidor“, foi utilizada pela primeira vez por Leonel de Moura Brizola, no início da década de 90. Leonel se referiu ao então governador de Mato Grosso Dante de Oliveira. O ex-governador estava próximo a Fernando Henrique Cardoso e deixava o PDT de Brizola para ser filiar ao PSDB.
Não é exatamente o que está acontecendo nos últimos dias em Eunápolis, mas são frequentes as situações de traições, ou pelo menos, situações em que uma das partes envolvidas se considera traída.
Uma das pessoas que está vivendo a dor da “traição” na política é o presidente da Câmara de Eunápolis, Jorge Maécio, a quem alguns vereadores querem pegar com as “calças curtas” na tentativa de impor a ele a análise de um decreto que fere uma decisão judicial.
É a tal camisa de 11 varas.
Mas com o tempo, o parlamentar progressista perceberá que na política as “traições” são corriqueiras, onde não se respeita nem mesmo velhas amizades.
E isso vale para todos.
Jorge também aprenderá que devemos considerar também história recorrente da cria que se volta contra o criador.
Por fim, vale o trecho do poema “Versos Íntimos” de Augusto dos Anjos. O autor aconselha à pessoa se acostumar à realidade do mundo. Será mais fácil. Porque o ser humano que vive no meio de feras, de pessoas sem escrúpulos, sem compaixão, também tem que se adaptar e ser também uma fera para sobreviver nesse mundo.