Éris, a nova variante da Covid-19, é perigosa? Entenda riscos no Brasil e no mundo




Uma nova cepa do vírus da Covid-19 tem chamado a atenção nas últimas semanas. Conhecida popularmente por Éris, a EG.5 é uma subvariante da Ômicron, atualmente o tipo mais comum no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos desta cepa em 51 países, e há uma notificação no Brasil.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) informa, no entanto, que "não houve modificação no cenário de casos notificados de Covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)" no país.

Com base nos dados registrados no Brasil, a SBI declarou que não há necessidade de mudança nas recomendações vigentes. Especialistas também têm ressaltado que não há motivos para alarmismo, mas apontam para a importância de as pessoas estarem atentas à cobertura vacinal. Isso porque, apesar da percepção geral de que variantes como a Ômicron resultam em infecções menos graves, estar protegido é fundamental.

"Ela só é menos perigosa se as pessoas se vacinarem. Já há dados sobre a Ômicron - não especificamente sobre a Éris - que demonstram que essa percepção de ela gerar doença menos grave não é por características dela, mas sim pela vacinação", sustenta a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, da Rede Análise Covid-19.

Devido às notícias sobre a Éris, muitas pessoas e até mesmo instituições decidiram retomar o uso de máscaras. No Rio, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu comunicado na última quarta-feira (16), recomendando o uso da proteção em ambientes fechados e em aglomerações em suas dependências. No dia seguinte, porém, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou em uma rede social que a prefeitura da cidade "é contrária a essa medida".

Sobre isso, Mellanie Fontes-Dutra lembra que as máscaras ajudam a evitar os riscos de exposição ao vírus. "Com o arrefecimento do número de hospitalizações da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar, mas isso não muda o fato de que elas seguem eficazes", pondera.
Quais são os sintomas da variante Éris?

Os sintomas da Éris são os mesmos vistos em casos anteriores de Covid, como coriza, espirros e tosse seca e contínua. Febre e dor de garganta também podem aparecer.
Qual o risco em outros países?

Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, a Éris já é a cepa dominante. As autoridades de saúde americanas pretendem administrar à população doses de reforço de vacinas contra o coronavírus feitas com uma nova fórmula. O imunizante é voltado para as subvariantes XBB, que foram responsáveis pela maioria das infecções em 2023.

Vale lembrar que, ainda que a OMS tenha decretado o fim da emergência em saúde há mais de três meses, a Covid-19 persiste: segundos dados da própria entidade, cerca de 300 mil casos da doença foram registrados no planeta nos últimos sete dias.



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