8 de maio: Uma data para ser duplamente lembrada

Neste ano, Dia das Mães ocorre exatamente no Dia Mundial de Combate e Prevenção ao Câncer de Ovário

Woman with hands holding pressing her crotch lower abdomen. Medical or gynecological problems, Healthcare concept

Flores, bombons, presentes e homenagens. Certamente, estamos chegando a uma das principais celebrações familiares do país. O Dia das Mães. Neste ano, porém, o segundo domingo de maio cai exatamente no dia 8, quando também é lembrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção ao Câncer de Ovário.
Trata-se do quinto tumor mais mortal entre as mulheres, sendo o primeiro quando se fala em neoplasias ginecológicas. “É uma coincidência ideal para alertamos esse público, sejam quem ainda pretende ter filhos ou não, pois todas correm risco”, destaca o oncologista João Nunes, do Centro de Câncer de Brasília (Cettro).
Os ovários são as glândulas reprodutivas femininas responsáveis pela produção dos óvulos, que são transportados pelas tubas uterinas (Trompas de Falópio) para o útero, onde são fertilizados e dão início ao desenvolvimento do feto.
“Mas é importante deixar claro que o câncer nessa região independente da mulher ter ou tentar ter filhos ou não. Todas estão suscetíveis a ter”, lembra o médico.
Segundo o especialista, as causas estão relacionadas à idade avançada (a partir dos 63 anos), infertilidade, consumo frequente de pílulas anticoncepcionais e quantidade alta de filhos (por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário).
Ainda podem estar associados ao aparecimento desse tumor a primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) e a idade tardia na menopausa (após os 52 anos). Por fim, é importante destacar também o histórico familiar, fatores genéticos e o excesso de gordura corporal.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 6.650 novos casos de câncer de ovário, com quase 4 mil mortes. Para o Distrito Federal, a estimativa aponta o aparecimento de 110 novos casos anualmente.
De acordo com o oncologista, a doença pode ser tratada com cirurgia ou quimioterapia. A escolha vai depender, principalmente, do tipo histológico do tumor, do estadiamento (extensão da doença), da idade e das condições clínicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente. “Como em qualquer caso de neoplasia, o diagnóstico precoce é fundamental para a cura do paciente”, finaliza o médico do Cettro.
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